Em 19 de abril, às 11h, no Sesc Santo André, foi aberta ao público a exposição PASTEUR, O CIENTISTA. Instalada no Espaço de Eventos da unidade, a área expositiva contacom 1000m² e receberá visitas espontâneas ou agendadas, até 16 de outubro. Organizada e concebida pela Universcience – órgão do Ministério da Cultura da França – é uma realização no Brasil do Sesc São Paulo, com patrocínio do Magazine Luiza, daSanofi Brasil e apoio da Embaixada da França no Brasil.
De 19 de abril a 16 de outubro de 2022
Entrada gratuita
A EXPOSIÇÃO
Interativa, permite conhecer e celebrar a vida e obra de Pasteur por meio de vídeos, grafismos, animações, projeções, textos e desenhos.
A expectativa é que as novas gerações possam vivenciar a ciência através da história desse cientista inovador e marcada por diversas descobertas, porém com uma linguagem voltada a todas as faixas etárias.
Estreou no Palais de laDécouverte, em Paris, em dezembro de 2017, ficando em cartaz até agosto de 2018.
O Brasil foi o primeiro país estrangeiro a recebê-la e Interlagos a primeira unidade do Sesc ainiciarsua itinerância, no início de 2020, um pouco antes do advento da pandemia isolar as pessoas e fechar todos os espaços culturais. Em 2021, passou pelo Sesc Campinas e agora, a partir de 19 de abril, recebe visitações no Sesc Santo André.
O destaque para sua terceira exibição está no fato de que, sem restrições, ela pode ser experienciada pelo público em sua integralidade. Curiosamente, essa retomada a uma certa normalidade só foi possível graças às pesquisas científicas que, em tempo quase recorde avançaram e confirmaram a eficiência das vacinas contra Covid-19. Nada mais pertinente e apropriado de que neste espaço e tempo da exposição, o visitante não só conheça a ciência do século XIX - época de desenvolvimento e inovações - mas reviva as descobertas de Pasteur em experiências interativas. E, claro, uma analogia com o momento atual é consequência natural.
A exposição faz uma permanente contextualização da trajetória de Louis Pasteur, principalmente em relação aos acontecimentos da Europa e às descobertas do chamado século das invenções – em que surgiram o trem, a fotografia e o cinema, os motores a explosão, dirigíveis, telégrafo, telefone, iluminação pública e tantos outros símbolos da modernidade. Mais que tudo, PASTEUR, O CIENTISTA traz à discussão a valorização da ciência e do ato histórico como elemento constituinte não somente da memória e da identidade, mas como a mais sólida base para o crescimento e o desenvolvimento da humanidade.
LOUIS PASTEUR
Um gênio da ciência, um pesquisador obstinado e um mestre na difusão de informações. Louis Pasteur, nascido no interior da França em 1822, de uma família de curtidores de couro, fez avançar a Química e a Medicina no século XIX e, como um dos criadores da Microbiologia, redefiniu horizontes ao provar que existem micro-organismos e ao definir como se reproduzem, proliferam e colonizam outros organismos – e são responsáveis pelas doenças infecciosas.
Estudou germes, vírus, fungos e demais “seres infinitamente pequenos”. Estabeleceu, assim, novos paradigmas para as ciênciase novos procedimentos inclusive para a Medicina,salvando incontáveis vidas ao introduzir a assepsia nos cuidados com doentes. Antes disso, era comum que os médicos sequer lavassem as mãos nos atendimentos.
Pesquisador respeitado entre seus pares - era de um extremo rigor nos métodos -, ganhou fama mundial tambémjunto ao grande público ao descobrir a vacina contra a raiva, em 1885. No Brasil, tinha muitos seguidores e admiradores, entre os quais o imperador Pedro II. Oswaldo Cruz foi um dos cientistas que trabalharam na esteira de suas realizações.
"Embora atualmente pareça absurdo pensar num sapo surgir da lama, tal ideia era aceita até meados do século XIX”, diz Danilo Santos de Miranda, Diretor do Sesc São Paulo. “Para que uma concepção acertada quanto à geração da vida se estabelecesse, foram necessários esforços que contaram com um dos cientistas mais importantes da modernidade, Louis Pasteur, responsável por revolucionar campos do conhecimento como a biologia e a medicina. Esta mostra é uma oportunidade de atualizar o compromisso social do Sesc na divulgação da cultura. No contexto da ciência, traz lições valiosas para aplicarmos em todas as esferas da vida: a abertura constante ao diálogo e às críticas, a recusa a dogmatismos e a verdade enquanto norte de um esforço coletivo”
Ciência aplicada à vida prática
Pasteur não foi o primeiro nem o único a criar uma vacina, mas sua pesquisa e a aplicação da antirrábica o transformou em símbolo da imunização. Era um cientista com visão aplicada: trabalhou na pesquisa ligada à indústria e a atividades econômicas importantes, aperfeiçoando métodos de cultivo e processamento de indústrias importantes como as do vinho, da seda e de animais de corte. Resolveu problemas logísticos - seu nome batiza o processo de conservação de alimentos batizado como pasteurização– e salvou atividades econômicas prejudicadas por pragas.
Foi também um brilhante comunicador– hoje, diria-seum ser midiático. Sabia chamar a atenção da comunidade científica e da população para assegurar que suas descobertas chegassem ao maior número possível de pessoas, com demonstrações públicas e grandiloquentes de suas descobertas. “Para provar ao público reunido na Sorbonne que as bactérias estavam por toda parte, mesmo no ar, ele direcionou um projetor de luz para iluminar os grãos de poeira", ri Astrid Aron, museógrafa da exposição.
Era também um empreendedor, registrando patentes e criando empresas para explorar suas descobertas. “Seu principal objetivo não era reunir uma fortuna, mas assegurar fundos para prosseguir com as pesquisas” explica o curador científico Maxime Schwartz, ex-diretor geral do Instituto Pasteur. “Podemos até dizer que Pasteur era uma espécie de precursor das startups de hoje”, conclui.
A fama conquistada pela vitória contra a raiva, com a vacina pioneira em 1885 permitiu que levantasse fundos internacionais para fundar, três anos depois, o Instituto Pasteur, com braços pelo mundo, para disseminar a imunização.
Animação e interação Estruturada em seis atos, como uma peça de teatro, a exposição apresenta as descobertas de Pasteur em ordem cronológica: da solução de um enigma químico - cristais de ácido do vinho aparentemente iguais reagiam à luz de forma diferente - até a vitória contra a raiva, doença até então incurável.
Um busto de Pasteur recebe os visitantes e, sobre ele, é projetado um videomapping - imagens em 3D - enquanto a voz de Marie Pasteur narra a trajetória do marido. Uma curiosidade – o considerável talento artístico do pesquisador quando jovem é mostrado na reprodução de telas pintadas entre os 13 e os 20 anos.
Seguem-se ambientes em que filmes, aparelhos, mecanismos, jogos de charadas, vitrines mágicas e instrumentos de época desfilam as descobertas de Louis Pasteur na Química, no trabalho com os micro-organismos e na imunização de animais e seres humanos.
O visitante pode entender, por exemplo, a pesquisa da vacina antirrábica num filme de animação em que uma menina, espiando da casa vizinha à do laboratório, acompanha os testes de Pasteur em coelhos; entende, através de um “microscópio”, como micro-organismos podem sobreviver sem oxigênio; espia pelo gargalo de garrafas de vinho para descobrir os segredos da fermentação da bebida; decifra junto com Pasteur o segredo dos “pastos malditos”, locais onde rebanhos inteiros morriam de antraz, entre outras atividades.
No final, um módulo especialmente produzido faz a ligação de Pasteur com o Brasil: pesquisas desenvolvidas por aqui, a admiração de D. Pedro II pelo cientista, o desenvolvimento nacional da produção de vacinas pelos Institutos Butantã e Oswaldo Cruz e seus desdobramentos na ciência contemporânea.
“O trabalho de Pasteur”, conclui Maxime Scwhartz, "pode estimular que as crianças entendam e amem a ciência. Acho que é uma meta que devemos manter em nossas cabeças e corações".
AMOSTRA, ATO A ATO
PRÓLOGO - Busto de Pasteur recebe os visitantes com projeções de videomapping. Um grande ciclorama pontua a história cultural do século 19. ATO 1 - CRISTAIS E DISSIMETRIA (1847-1857) - O início de tudo: aos 21 anos, Pasteur decide – e consegue - resolver um mistério da ciência. Aqui, filme, experiência ótica e jogo de classificação ajudam a entender o processo. ATO 2 - FERMENTAÇÕES (1857-1876) - Pasteur e os micro-organismos da fermentação: como o cientista inventou a pasteurização e resolveu impasses de indústrias como a da cerveja e do vinho. Aqui também começa a relacionar contaminação por micro-organismos e doenças. Microscópios e jogos proporcionam a interação nesse ato. ATO 3 - GERAÇÕES ESPONTÂNEAS? (1859-1864) - A polêmica do surgimento dos micro-organismos: de onde vêm? Pasteur enfrenta outros cientistas e prova sua teoria. O visitante descobre como foi, passo a passo, na multimídia instalada em vitrine mágica. ATO 4 - DOENÇAS DOS BICHOS-DA-SEDA (1865-1869) - Pasteur salva a indústria da seda, eliminando doenças dos insetos produtores, na sua primeira pesquisa em patologias animais. Maquetes, equipamentos de época e dioramas ilustram o método e as descobertas. ATO 5 - DOENÇAS INFECCIOSAS E VACINAS (1876-1895) - A pesquisa de Pasteur das vacinas para doenças dos animais se amplia. Galinhas e carneiros recebem vacinas em experiências bem-sucedidas. O cientista ganha fama mundial com a invenção da vacina contra a raiva. Um cenário de fazenda, jogos sobre as vacinas, filmes e maquetes contam essa história. EPÍLOGO - PASTEUR E O BRASIL-Enquanto Louis Pasteur fazia a ciência avançar na Europa, os reflexos de suas pesquisas chegavam ao Brasil. D. Pedro II era um grande admirador do cientista, trocou correspondência com ele, tentou trazê-lo para o Brasil e fez uma grandecontribuição para a criação do Instituto Pasteur. Foram fundados institutos de pesquisa e diversos cientistas e médicos brasileiros se destacaram na área, em especial Vital Brazil e Oswaldo Cruz.
AGENDAMENTO DE GRUPOS
Com o objetivo de possibilitar uma ação educativa, propositiva e transformadora, além das visitas espontâneas, o Sesc Santo André oferece mediação feita por educadores da unidade, para grupos organizados e agendados previamente: escolas, empresas, ONGs e outras instituições. O agendamento pode ser realizado pelo portal sescsp.org.br/santo andre
Serviço PASTEUR, O CIENTISTA De 19 de abril a 16 de outubro de 2022 Visitação: terça a sexta das 10h30 às 21h30. Sábados, domingos e feriados das 10h30às 18h30. Recomendação etária: Livre Agendamento de grupos pelo portal: sescsp.org.br/santoandre
Sesc Santo André| RuaTamarutaca, 302–Vila Guiomar, Santo André/SP Funcionamento: terça a sexta, das 10h às22h00 sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h Entrada: Grátis
Necessário apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 (físico ou digital) e um documento com foto:
● Maiores de 12 anos devem apresentar o comprovante contendo as duas doses ou dose única da vacina.
● Crianças de 5 a 11 anos devem apresentar comprovante evidenciando uma dose
É recomendado o uso da máscara cobrindo boca e nariz.
Para atividades com ingresso, será necessário apresentar o QR Code na entrada da atividade.
Valores - Estacionamento
CredenciadosSesc: R$5,00 (primeira hora) e R$1,50 (cada hora adicional)
Visitantes: R$10,00 (primeira hora) e R$2,50 (cada hora adicional)
Redes Sociais @SescSantoAndré |Facebook| Instagram|Twitter|Youtube Programação completa no Portal Sesc SP
Assessoria de Imprensa Conteúdo Comunicação Guilherme Garelha | guilherme.garelha@conteudonet.com
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PASTEUR, O CIENTISTA
Exposição organizada e concebida pela Universcience, no período de 14 de setembro de 2017 a 18 de agosto de 2018.
Realização no Brasil: Sesc São Paulo Apoio: Embaixada da França no Brasil Patrocínio: Magazine Luiza e Sanofi
PASTEUR, O CIENTISTA
Ficha Técnica UNIVERSCIENCE |PARIS
CURADORIA ÉricLapie, Astrid Aron CURADORIA CIENTÍFICA Maxime Schwartz COMITÊ CIENTÍFICO E CULTURAL AnnickPerrot, DelphineBerdah, Patrice Debré, Gabriel Galvez-Behar, Marie-NoëlleHimbert, Catherine Kounelis, Anne-Marie Moulin, Armelle Phalipon, Clotilde Policar, ÉricPostaire, Daniel Raichvarg, Anne Rasmussen, François Rodhain, Philippe Sansonetti, Patrick Zylberman CENOGRAFIA E DESIGN DA EXPOSIÇÃO Franck Fortecoëf DESIGN GRÁFICO Gérard Plénacoste e TomoëSugiura
Essa exposição se inscreve em uma coleção de exposições de história cultural das ciências concebida por ÉricLapie. Ele estabeleceu os princípios e organizou com êxito as duas primeiras edições, “Leonardo Da Vinci, a Natureza da Invenção” e “Darwin”. Certo de que as ciências e as técnicas pertencem plenamente à cultura e que o ensino da sua história é um baluarte contra o obscurantismo, ele se regozijava com a ideia de dar continuidade à aventura como um explorador do mundo microscópico. Lapie faleceu subitamente antes que essa exposição estivesse pronta, mas temos certeza de que ele se sentiria muito orgulho de sua realização.
Ficha Técnica | SÃO PAULO
PRODUÇÃO Ponto de Produção Ltda. COORDENAÇÃO GERAL DE PRODUÇÃOPatricia Galvão PRODUÇÃO EXECUTIVA Sueli Nabeshima, Maurício Belfante ADAPTAÇÃOEXPOGRÁFICA FranciscoGuedes DESIGN GRÁFICO Cássia Buitoni MONTAGEMEXPOGRÁFICA Metrô Cenografia ILUMINAÇÃO Wagner Freire – Armazém da LuzMONTAGEM MULTIMIDIA Images Projetores TRADUÇÃO Letras e Temas GRAVAÇÃO DE VOZES Alma 11 11 Áudio Music DIREÇÃO DE ESTÚDIO Marcio Macena VOZES BRASILEIRAS Bruno Autran, Carol Badra, Flávio Faustinoni, Rafael Maia, Renata Flores, Romis, Ferreira, Thay Bergamin e Veridiana Toledo ASSESSORIA JURÍDICA Henrique Galvão, Patrícia Galvão AÇÃO EDUCATIVAPercebe
PASTEUR E O BRASIL
CURADORIA, PESQUISA HISTÓRICA, TEXTOS Juliana Manzoni Cavalcanti, Vanessa Pereira MelloCONSULTORIA Diego Vaz Bevilaqua, Jaime Larry Benchimol e Magali Romero Sá ANIMAÇÕES Coletivo Entrelinhas EXPOGRAFIA Cássia Buitoni, FranciscoGuedes
Fonte: www.sescsp.org.br
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